Aproveitando a dica do Sr. Victor do meu post Funchalense 5 á noite acho que a ligação regular de navios porta-contentores , entre o continente português e as ilhas, apesar de muito bem servidas, poderiam ser substancialmente melhoradas se, existisse um tipo de navio que fizesse o transporte conjunto de. contentores por via convencional, transporte de cargas roladas por via rol-on rol-off, e transporte de passageiros. É algo que existe em muitos lados do mundo e seria interessante um navio com estas características a operar entre o continente e os arquipélagos. Alem da sua polivalência era uma mais valia neste segmento de transporte, alem da rapidez na descarga de automóveis e veículos pesados, poderia implementar uma nova dinâmica ao transporte de mercadoria refrigerada e congelada, em trailers, sendo um verdadeiro transporte multimodal. O mesmo poderia funcionar em complemento com os ferries. Deixo alguns exemplos de navios com esta tipologia.
© : Manuel Hernandez Lafuente
Este é um navio que peca pela sua pouca velocidade . 14.9 em velocidade de cruzeiro mas um similar com velocidade na ordem dos 20 ou 22 nós poderia ser uma boa solução.
© :Juersen Braker
© Alec Sansen
© Frans Sanderse
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ResponderExcluirBoas.
ResponderExcluir1.Os armadores não têm culpa das avarias provocadas nas viaturas ou outro tipo de cargas, são acidentes que acontecem como em qualquer lado. Na atualidade já não são tão frequentes devido também aos diferentes aparelhos usados.
2.Infelizmente a marinha de comercio Portuguesa parou a evolução logo após o 25 de Abril,passamos de uma marinha cheia de navios e armadores para alguns navios e alguns armadores. Os sucessivos governos em nada contribuíram para o desenvolvimento da nossa marinha, enquanto noutros países recebem subsídios nomeadamente no principio da continuidade territorial, aqui nada se faz, consequentemente, e eu se fosse armador fazia o mesmo, os armadores fazem o menor investimento possível na aquisição ou construção de navios, e sabemos que um navio porta-contentores normal é muitissimo mais barato que um para passageiros e com capacidade rol-on rol-off. Daí também o facto de Portugal ser o único país da Europa sem ligações ferry com os arquipélagos, isso sim muito em culpa das decisões governamentais que em nada abonam esse tipo de ligações, e acho que um navio polivalente, como estamos a falar poderia substituir muito bem um ferry sobretudo na época baixa. Infelizmente e mais uma vez digo, estamos num país de costas viradas para o mar. Veja-se o exemplo da Sacor Maritima que acha mais conveniente estar a operar com navios estrangeiros que ter frota própria.Isto entre outros. Há que haver incentivos da parte do governo em apoiar essas iniciativas, mas nada, a marinha de comercio em Portugal é algo que poderia ser uma grande fonte de receita e geradora de emprego, mas a verdade é que não há o mínimo interesse do governo.
Não se pode culpar os armadores, alguns poderão não ter grande vontade em investir, mas os que têm até são travados de o fazer.
Cumprimentos
Elvio
Quanto ao "Cidade de Funchal", sabemos que na altura não havia nos portos rampas ro-ro e que a rampa lateral do navio não trabalhava com todas as marés, pelo que influenciava em muito a operação, e que foi a Portline que o substituiu creio que pelo Diogo Bernardes, salvo erro, para o enviar para as Caraíbas, numa operação muito mais lucrativa. Alem disso o "Cidade de Funchal" tinha um problema , era muito "dancarino" pelo que debaixo de mau tempo chegou a perder contentores em viagem para o Funchal muito pelo facto da sua baixa velocidade e falta de estabilizadores, alem de andar sempre com o centro de gravidade muito alto.
ResponderExcluirElvio, aquilo que diz sobre a nossa marinha mercante, o que já foi e o que é agora, é realmente verdade e o caso da Sacor Maritima é triste (Nem vou falar da Soponata...). Também é verdade que já tivemos colónias e agora não as temos. A TAP também no tempo das colónias tinha jumbos e agora não os tem. E por aí adiante. Em relação aos subsidios é preciso tomar cuidado, pois veja-se o caso de Espanha que andava a subsidiar e bem a construção de novos ferrys, para gaudio de ARMAS, Balearia, etc mas depois os holandeses fizeram queixa na UE e a coisa deu pró torto para o lado da Espanha. Parou tudo! A Espanha estava habituada a ter muita coisa "de graça" que agora vai deixar de ter. Não falo só de subsidios para construções navais, subsidios nas passagens de ferrys ou avião para residentes ou nacionais mas também de medicamentos de graça para idosos e outras benesses no sistema de saúde e segurança social bem acima das que nós tinhamos e por isso penso que a dôr daquele lado neste momento deve ser muito grande. Quanto mais alto maior a queda, já dizia o dito popular.
ResponderExcluirPois, eu tenho uma opinião ligeiramente diferente. Acho que o governo deveria adquirir dois navios ferry, um para a Madeira e outro para os Açores, com características ropax,e abrir concurso europeu para a exploração dos mesmos por períodos de 5 anos máximo. Os navios nunca pagariam taxas portuárias nos portos em que escalassem e teria obrigações de serviço publico. Se o governo faz autoestradas, de tem companhias de caminho de ferro e autocarros, assim como barcos para a travessia do Tejo, alem de uma companhia de aviação que ganha milhões e gasta 2 vezes mais que ganha, porque não haveria de ter um serviço destes para servir o povo ilhéu? Ou será que somos diferentes? A unica estrada que liga as ilhas ao continente são os navios. Como tal e voltando ao mesmo principio da continuidade territorial que está na constituição, até os produtos considerados essenciais deveriam ter o transporte subsidiado tendo como padrão o custo por km em estrada no continente. É a minha opinião, respeito todas as outras mas é a minha e quanto á crise não me fale dela, quando se atribui subsídios a n instituições e ao desporto profissional, em valores que nem vale a pena dizer, não vale a pena sequer falar em crise.
ResponderExcluirabraço
Elvio
Elvio, companhias de caminhos de ferro e autocarros tipo CP e Carris essas realmente são crónicos poços sem fundo e recordistas dos prejuízos mas a TAP às vezes dá lucro. hehehe
ResponderExcluirAs companhias de caminhos de ferro, são sim sr. poços sem fundo, a Tap não fica em nada atrás, o Eng Mira Amaral pôs a Tap a zeros de passivo e agora tem mil milhões de euros em passivo. Mas são empresas publicas. Não admira. Não é isso que proponho.Os navios seriam sempre do estado, mas com serviço concessionado a privados, pois são estes que sabem gerir e dar lucro. Digo um máximo de 5 anos, claro que renováveis para se não funcionar bem com um pode-se sempre mudar. Os privados saberiam por certo levar isto a bom porto. Se fosse uma empresa publica, já se sabe o desfecho.
ResponderExcluirAbraço